Encontramos uma lista de 15 discos lançados no primeiro semestre que você precisa ouvir! Dá um look:
Vista pro Mar – SILVA
Lançado em março, o segundo disco do capixaba SILVA trouxe de volta os teclados e melodias pop mostrados pelo músico na estreia, com Claridão. Vista pro Mar, por sua vez, apresenta-se mais expansivo e orgânico, com baixos pulsantes e os metais poderosos da banda Brasilidade Geral.
Cantigas de Roda – Raimundos
Completando 20 anos de existência, o reformulado Raimundos – com a volta de Canisso ao baixo e a entrada do baterista Caio –, lançou, por meio de uma ação de crowdfunding, o elogiado disco Cantigas de Roda. Faixas como “Cera Quente”, “Importada do Interior” e “Gordelícia” recuperam a irreverência que deram destaque ao grupo brasiliense na década de 1990.
Asa – Gustavo Galo
O vocalista da banda Trupe Chá de Boldo chega à carreira solo com um disco produzido por Tatá Aeroplano e Gustavo Ruiz, além de parcerias com Peri Pane, Arruda e Marcelo Segret, Lira e Ava Rocha. Asa apresenta um Gustavo Galo simples e terno, exibindo um lado diferente das composições que fez com a Trupe.
Na Medida do Impossível – Fernanda Takai
Depois de um trabalho repaginando canções de Nara Leão (Onde Brilhem os Olhos Seus, de 2007), um ao vivo (Luz Negra, em 2009) e um álbum de bossa nova com Andy Summers, do The Police (Fundamental, 2012), a cantora do Pato Fu mostra, finalmente, um disco que a representa como artista. Na Medida do Impossível traz diversas parcerias, que ganham força nas interpretações de Fernanda.
Gilbertos Samba – Gilberto Gil
Em seu mais recente álbum, um dos mentores da Tropicália, Gilberto Gil, escolhe dez canções de João Gilberto – lançadas entre 1959 e 2004 –, e as recria com novos arranjos à Gil. “Desde que o Samba é Samba”, “Desafinado” e “O Pato” fazem parte do repertório de Gilbertos Samba.
Nheengatu – Titãs
Os cinquentões remanescentes Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Bellotto e Branco Mello olharam para o próprio passado, principalmente para Cabeça Dinossauro(1986) e Titanomaquia (1993), para a composição de Nheengatu. O novo disco dos roqueiros paulistanos revive as guitarras pesadas e letras políticas, abordando temas como violência policial e desigualdade social.
Use o Assento para Flutuar – Marcelo Gross
Acompanhado pelo baixista Fernando Papassoni (Detetives e Universo Elegante), o baterista Clayton Martin (Cidadão Instigado) e, recentemente, pelo tecladista Charly Coombes (irmão dos membros do Supergrass), o guitarrista do Cachorro Grande sentiu-se livre para fazer um disco solo. Em Use o Assento para Flutuar, Gross encontrou espaços para psicodelias e certo romantismo, temas não abordados pela banda principal dele.
Pela Mágica Imaginação – Submarinos
Com músicos conhecidos no underground paulistano – Junior Boca (guitarra), Juliana R. (vocais), Marcelo Cabral (baixo), João Leão (teclados) e Tony Gordin (bateria) –, o Submarinos estreou com um disco de folk psicodélico, que flerta com o rock e o jazz. O resultado, em Pela Mágica Imaginação, chama atenção pela coesão e qualidade.
Encarnado – Juçara Marçal
Integrante do trio Metá Metá, do grupo vocal feminino Vésper e do A Barca, a cantora Juçara Marçal chegou ao primeiro disco solo aos 52 anos de idade. Tendo como base as guitarras sólidas e barulhentas de Kiko Dinucci e Rodrigo Campos, Juçara exala inquietação em Encarnado. Canções de Tom Zé e Itamar Assumpção são interpretadas em arranjos que valorizam a melodia, em detrimento do ritmo.
Jonnata Doll e os Garotos Solventes – Jonnata Doll e os Garotos Solventes
Produzido por Yuri Calil (Cidadão Instigado), o álbum de estreia de Jonnata Doll traz um rock rápido e direto, em que o músico explora todos os extremos que viveu na pele, das drogas aos corações partidos, relatando casos de pedofilia e derrotas. Acompanhado pelos Garotos Solventes, o cearense Jonnata lembra Iggy Pop, mas apresenta sonoridades que transitam entre o The Velvet Underground e o The Cure.
Século Sinistro – Ratos de Porão
Foram quase dez anos sem lançar um disco e o Ratos de Porão, uma das bandas mais emblemáticas do Brasil, retornou com Século Sinistro. O álbum, violento como não poderia deixar de ser, encaixa-se com naturalidade no confuso momento que vive o rock nacional. Os riffs e versos João Gordo são diretos e atiram para todos os lados, lembrando o RxDxP que estreava com Crucificados pelo Sistema há 30 anos.
Nação Zumbi – Nação Zumbi
Saiu apenas em 2014 o álbum que estava pronto desde 2012. Autointitulado (comoNação Zumbi, de 2002), o novo disco da banda pernambucana deveria vir com um adesivo escrito: “É para ouvir em alto volume”, como disse o vocalista Jorge du Peixe à Rolling Stone Brasil (veja aqui).Nação Zumbi quebrou o silêncio que imperava desde Fome de Tudo, de 2007, com arranjos ousados e uma pegada pop, representando um passo criativo na carreira do Nação.
Velocia – Skank
Outra banda que retornou com um novo álbum no primeiro semestre de 2014 é o Skank. O grupo mineiro lançou Velocia, um disco que traz para si tudo o que o grupo fez nos últimos 20 anos. Do pop ao rock e do reggae ao rap, Velocia não carrega surpresas, mas é o lançamento de maior força do Skank nos últimos dez anos, reforçando a importância de Samuel Rosa e companhia para a música brasileira.
SETEVIDAS – Pitty
Aos 37 anos de idade, a baiana Pitty deu uma pausa no projeto paralelo folk Agridoce para voltar a se dedicar ao grupo principal dela.SETEVIDAS é o primeiro disco de inéditas da banda em quatro anos, desde o single “Comum de Dois” (2010), que faz parte do álbum ao vivo A Trupe Delirante no Circo Voador. Assim como o Skank, Pitty utilizou-se do que já conhece bem para voltar aos holofotes, fazendo, novamente, rock com guitarras no Brasil.
Coisa Boa – Moreno Veloso
Acompanhado por gente como Rodrigo Amarante, Domenico Lancellotti, Kassin, Pedro Sá, e até pelo pai, Caetano, Moreno Veloso lançou mais um disco solo. Coisa Boase apresenta minimalista em seus 35 minutos de duração, retratando a relação indireta do músico com o mar por meio de canções suaves e envolventes.
Via Rolling Stone
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