Existe algum tipo de magia na mistura de improvisação de músicos apreensivos, usando instrumentos emprestados, tocando em locações inusitadas onde quase ninguém os reconhece, enquanto uma câmera tremula captura a cena, o cenário e a música acústica.
A toada não é exclusiva de apenas um autor/diretor porém se há alguém que a compõe com maestria esse pout-pourri audiográfico é a série de vídeos do site francês, La Blogothéque, e seu projeto “Un concerte à emporter” ou “A Takeaway show”. O La Blogothéque, atua como uma espécie de hub de cultura independente assim como o Pitchfork que entre outros projetos abriga este conjunto fonofilmográfico.
O cineasta independente Mathieu Saura, a.k.a Vincent Moon, nascido (1979) e criado em paris, é o principal “doador” de olhos e ouvidos na direção dos Takeaway shows. Os clipes, geralmente feitos com planos longos e dançantes de um take e sem ensaios, cativaram o público de tal forma que o New York Times publicou “Vincent Moon reinventou o clipe musical”.
Moon, é detentor de uma extensa e supreendentemente impressionante (é sério!) filmografia, composta por uma série de longas, curtas, clipes e documentários. Nestes pequenos concertos de rua, Moon traz bandas consagradas como Mumford and Sons, Arcade Fire, Phoenix, The Kooks mas também artistas menores, como The Spinto Band, Noah & the Whale e Andrew Bird. Trabalhou também com alguns artistas brasileiros como Rodrigo Amarante, Tom Zé, Holger, Yamandu Costa, Bnegão e Criolo.
Mumford and Sons
Rodrigo Amarante – irene -
O ponto de vista cru da série é altamente atrativo pois coloca o telespectador na posição de alguém que estava lá quando aquele momento único aconteceu. Talvez, de todas as coisas que formam meu amor pela cultura/música indie, o que mais me interessa é como lhe veste bem a simplicidade. Não necessita de grandes pirotecnias ou confettis. O mais simples rendez-vous artístico por si só é o inteiro festival que a alma precisa.
Of Monsters and men - Dirty Paws
Yeasayer – No need to worry/Red cave -
A série “Un Concert à Emporter” foi para mim seguramente uma das principais fontes de música independente assim como de arte audiovisual de qualidade durante um bom tempo, e que ainda hoje, volta e meia vira trilha sonora de atividades diárias.
A série “Un Concert à Emporter” foi para mim seguramente uma das principais fontes de música independente assim como de arte audiovisual de qualidade durante um bom tempo, e que ainda hoje, volta e meia vira trilha sonora de atividades diárias.
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